sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A saída pela (com)porta


Enfim uma boa notícia. O governador do Estado José Serra, em visita à região no último dia 5, anunciou em Registro a destinação de R$ 24 milhões, no orçamento de 2008, para a conclusão das obras da barragem do Valo Grande, incluindo instalação de comportas e amplo desassoreamento. A iniciativa coroa os esforços até aqui empreendidos pelos deputados Márcio França e Samuel Moreira, federal e estadual, respectivamente, no sentido do equacionamento de questão tão crucial para Iguape e o meio ambiente, drasticamente afetado em termos de possibilidades geradoras de trabalho e renda para a população. E antes tarde do que mais tarde.

Como já sentenciou em editorial (“Valo Grande: do erro ao descaso”) o jornal O Estado de S. Paulo, “sem dúvida aquilo que foi um grande erro, resultado da ignorância, no início do século 19, neste início de século 21 é um clamoroso descaso – com pleno conhecimento de causa”. Eu mesmo de repente me dou conta do quanto já escrevi (e insisti) sobre o Valo Grande, para além de duas campanhas políticas onde a questão jamais deixou de ser tratada, a despeito de sua complexidade e até das resistências de muitos correligionários.

Em artigo 4 anos atrás, publicado na combativa Tribuna de Iguape – “Iguape: a saída é pela (com)porta!” –, considerava: “Ao observador atento de Iguape, não há decerto de escapar que nosso passado-presente-futuro encontra-se atrelado ao canal do Valo Grande, esfinge que nos contempla e desafia: ‘decifra-me ou eu te devoro’. (...) até quando nos daremos ao luxo de continuar escamoteando um problema que, equacionado, poderia representar uma poderosa alavanca em relação ao que mais nos ressentimos em Iguape, vale dizer, à ausência de vida econômica?”. E arrematava.

“Com efeito, depois de vivenciar diferentes ciclos (ouro, arroz, palmito, caxeta etc.), Iguape vive de longa data o ciclo econômico do nada e corporifica a imagem da desolação e do abandono em todos os campos: patrimônio, turismo, pesca, agricultura etc. Com o fechamento do Valo Grande e o Mar Pequeno recuperado em seu vasto potencial reprodutivo natural, poderíamos contar com ostras, mexilhões, caranguejos, peixes nobres e toda sorte de produtos, com grande demanda e assegurado retorno econômico”.

Há pouco, em comentário no blog Iguape em Imagens, do amigo Roberto Fortes, justamente comemorando a notícia do aporte de recursos, dizia: “Porém (e sempre tem um porém), é preciso atenção. Inscrição de verba no orçamento não significa liberação. Depois, por vários anos o orçamento estadual contemplou a barragem e nada aconteceu. Deste fato que, se não nos mexermos, não liderarmos esse processo, enquanto principais interessados, e ficarmos esperando dos outros que façam (ou que continuem fazendo) o que nós mesmos não fazemos em benefício próprio, mais uma vez nada acontecerá e as melhores intenções vão rolar valo abaixo. É simples assim. Quem espera nunca alcança.”
Por fim, em comentário de 2006 ao blog Alfarrábios, do mesmo Roberto Fortes, já dizia: “E que sirva de exemplo a ponte Iguape-Ilha Comprida ‘Laércio Ribeiro’, que ficou parada década e meia, parecia insolúvel, mas saiu e mudou sobremaneira a face da Ilha. E a receita para o Valo Grande é a mesma da ponte: clareza de idéias, alianças certas e determinação política. Em suma, tudo que nos tem faltado, mas não faltou a Ilha. Portanto, é preciso mexer-se. E o Valo, que tem sido algoz, pode ainda ser a redenção de Iguape”. Assim seja!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Foi apenas mais um sonho

Novo porto pode movimentar 50 milhões de toneladas/ano
17/10/2007 09:49:16
O Porto Brasil, que será erguido pelo empresário Eike Batista em Peruíbe, terá capacidade para movimentar cerca de 50 milhões de toneladas por ano, ou seja, aproximadamente 60% do volume projetado para o Porto de Santos este ano. Avaliadas entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, as obras do empreendimento devem começar em dois anos.Os dados do projeto foram apresentados pelo presidente do Grupo EBX, Eike Batista, e o presidente da LLX, braço de logística da EBX, Ricardo Antunes, com exclusividade a A Tribuna, na tarde de ontem, no escritório do grupo no Rio de Janeiro.O projeto está previsto para ser implantado em uma área de 53 milhões de metros quadrados, recém-adquirida pelo grupo EBX, nas proximidades da Rodovia Padre Manoel da Nobrega. Entretanto, somente 20 milhões de metros quadrados devem ser aproveitados. O Porto Brasil ficará distante cerca de 70 quilômetros do cais santista.Segundo Antunes, o porto do Litoral Sul terá uma ilha artificial, de 500 mil metros quadrados, e uma retroárea de 6 milhões de metros quadrados, que serão conectadas por uma ponte ´rodovia´ com quatro pistas, divididas para os dois sentidos de fluxo.Atrás da região retroportuária haverá um condomínio industrial com 13 milhões de metros quadrados. As áreas destinadas às fábricas serão arrendadas pela EBX, que irá gerenciar a estrutura comum do condomínio, além de operar a zona portuária. "A gente se baseou muito nos projetos das indústrias alfandegadas e da Lei do Porto-indústria. A LLX vai entregar a energia, a água, as ruas. Já as indústrias vão fazer sua própria estrutura", disse Antunes.O novo complexo movimentará principalmente granéis e contêineres. De acordo com estimativas de Antunes, a expectativa é operar 20 milhões de toneladas de grãos, 15 milhões de toneladas de minério de ferro, 4 milhões de toneladas de fertilizantes, 10 milhões de metros cúbicos de granéis líquidos - basicamente etanol - e 4 milhões de TEUs (uniade equivalente a um cônteiner de 20 pés).O grupo de Eike Batista planeja iniciar as operações três anos depois da obtenção da Licença de Instalação (LI), documento que autoriza o começo das obras. Para Antunes, a idéia é concluir os estudos ambientais já contratados da obra até o final de 2009. Essa primeira etapa do empreendimento englobará a implantação do retroporto e da ilha, com seus primeiros sete berços de atracação. O projeto prevê a construção de mais quatro locais para a escala dos navios. Todos os pontos terão 18,5 metros de profundidade, permitindo a vinda dos maiores cargueiros em operação no mundo. "Um ano e meio depois, o complexo estará totalmente pronto", concluiu o presidente da LLX.
Situação dos índios
Um dos primeiros passos para a implantação do Porto Peruíbe será "melhorar a situação dos índios que vivem próximo à área do futuro complexo portuário". O presidente da LLX, Ricardo Antunes, afirmou que o grupo está em contato com a Funai para evitar que a cultura indígena sofra qualquer tipo de impacto com a construção do complexo.Ele disse, também, que apesar de viverem perto do terreno da EBX, eles não são nativos. "Eles foram parar ali, que já era uma área degradada, por não terem mais seu habitat natural". As informações são de A Tribuna

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Acidente na BR

Uma carreta perdeu o controle e tombou na madrugada desta terça-feira (16) no canteiro central da Rodovia Régis Bittencourt, no km 389, altura do município de Miracatu, a 180 km de São Paulo, derrubando ácido fosfórico em uma das pistas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o vazamento do produto químico já foi controlado e não causou danos. O motorista da carreta sofreu ferimentos leves e foi encaminhado ao pronto socorro da cidade.

RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT SERÁ DUPLICADA ATÉ 2012

Os motoristas irão sofrer com os "apagões" na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal ligação entre São Paulo e Curitiba, até o início de 2012. É o prazo previsto no contrato de licitação para a duplicação dos 30,5 quilômetros da Serra do Cafezal, entre Juquitiba e Miracatu, o principal gargalo da rodovia.
A PRF prevê novos "apagões" nos feriados de 2 e 25 de novembro e nas festas de fim de ano. Até o Carnaval, a rodovia deverá receber um fluxo maior de veículos, além dos 32 mil que circulam diariamente.
O prefeito de Miracatu, Miyoji Kaio (PSDB), acredita que a duplicação do trecho de serra vai reduzir os congestionamentos.
O prazo para a obra é de 4 anos após o início da concessão e será custeada pelos pedágios. A concessionária OHL, vencedora da licitação realizada na última terça-feira, vai instalar 6 praças de pedágio ao longo dos 401,6 quilômetros de São Paulo a Curitiba. Cinco postos ficarão no trecho paulista. O primeiro será instalado no km 296 em São Lourenço da Serra. Os demais, nos km 366 (fim da Serra do Cafezal), 427 - próximo da ponte sobre o Rio Ribeira, 485 em Cajati, e 542 em Barra do Turvo. O pedágio paranaense será no km 56 próximo da Represa do Capivari.
Os motoristas vão pagar R$ 1,364 em cada praça. O contrato admite revisão no valor, caso a nova pista seja construída fora do eixo da pista atual. Essa opção é recomendada pelos técnicos, mas esbarra em forte oposição dos ambientalistas. A serra é coberta pela Mata Atlântica e o afastamento do eixo criaria uma "ilha" entre as duas pistas, aumentando o impacto ambiental.

fonte: Agência Estado

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

DUPLICAÇÃO DA RÉGIS BITTENCOURT

Parece que agora vai.Empresa espanhola arremata cinco trechos no leilão das rodovias federaisDepois de muitas batalhas na Justiça, foi realizado na quarta-feira (9), na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) o leilão de privatização de sete trechos de rodovias federais. Venceu quem ofereceu a menor tarifa de pedágio. Ao todo, 30 consórcios se apresentaram para disputar as rodovias no Sudeste e no Sul do Brasil.O grande vencedor entre as 30 foi o grupo espanhol OHL, que arrematou sozinho cinco trechos. Ao todo, são 2.078 quilômetros de estrada.Na Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, a tarifa será de R$ 1,36, em seis praças.Por 25 anos, a empresa será responsável pela conservação da estrada entre SP e Curitiba. A cobrança de pedágio deve começar no segundo semestre de 2008.A OHL Brasil é a terceira maior companhia no setor de concessões de rodovias no País em receita bruta de serviços e em quilômetros administrados, com 907 km em operação. A OHL Brasil opera rodovias que representam 9,4% do total de quilômetros das rodovias atualmentesob concessão no País e 8,1% da receita bruta de tais rodovias, a OHL controla os consórciosAutovias, Centrovias e Intervias
Postado por Jornal Primeira Hora em 10/10/2007 às 09:24 0 comentários

Mensagem da Diretoria de Ensino Região Miracatu aos Professores

Dia do Professor
Este mês comemoramos uma data muito especial:o dia do Professor.
A data foi criada há muito tempo por Decreto Imperial, mas somente em 1947 ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
A comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais.
O discurso de um professor, Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase" Professor é profissão.Educador é missão".
Com este sentimento de enaltecimento da profissão que escolhemos, nós da Diretoria de Ensino, queremos agradecer a vocês que fazem da escola, todos os dias, um lugar de aprendizagem.“O maior desafio do professor, hoje, é lapidar os sentimentos, sabotar as emoções e perceber que há vida em suas palavras e atitudes!”
Gabriel Marcos Spínula
Dirigente Regional de Ensino
Postado por Jornal Primeira Hora em 08/10/2007 às 11:35 0 comentários

Manifestação contra o Pedágio

Publicado em 29/09/2007

Hoje a partir das 9:00 horas da manhã, no boqueirão norte de Ilha Comprida, iniciou-se a concentração para se realizar a manifestação contra o Pedágio, manifestação essa que visa apressar o cumprimento do acórdão do TJ (já publicado anteriormente).Saindo em carreata os manifestantes chegaram à praça do pedágio exatamente às 11.15 horas, após uma breve manifestação na saída do pedágio (lado da Ilha), os manifestantes resolveram passar para o lado de Iguape e desfilarem pelo centro da cidade.Após uma breve carreata pelo centro de Iguape, às 11:45 os manifestantes chegaram novamente ao pedágio, só que agora posicionaram seus veículos na entrada e o interditaram totalmente, com isso os veículos que se dirigiam à Ilha tinham de contornar o pedágio e circularem na contra mão de direção para poderem acessar a ponte. Após alguns discursos inflamados os manifestantes cantaram o Hino Nacional Brasileiro e exatamente às 12:30 resolveram encerrar o protesto liberando novamente a passagem pelo pedágio.A manifestação foi organizada pelo G+ (grupo Movimento Aberto Ilha Solidária), Associação de Moradores A União Faz a Força, PCdoB, PR e PT; representados pela suas lideranças: Paulinho Motos, Adriano Vanucci, Edson Boi da Ilha, Landim, Paulo Chang, Geraldino, Prof. Silvino e Gilberto Alonso.Lamentável apenas que ao final da manifestação alguém disparou um rojão em direção à praça de pedágio e por pouco o mesmo não atingiu as pessoas que ali se encontravam, inclusive o rojão explodiu aos pés de dois PMs que observavam a movimentação.

Acordão do Tribunal de Justiça







Publicado em 27/09/2007







Fim do Pedágio?

Postado inicialmente em 26/09/2007

Pela vontade dos administradores seria para sempre, mas parece que as nuvens estão se abrindo e o sol voltará a brilhar.Chegou as nossas mãos um Acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que trata do AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 647.621-5/0-00, em que é agravante a ASSOCIAÇÃO AMIGOS DE BAIRRO A UNIÃO FAZ A FORÇA sendo agravada a EMPRESA BI MUNICIPAL e OUTRAS....ACORDAM, em Primeira câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a seguinte decisão: “DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO, V. U.”, de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.O Julgamento teve a participação dos Desembargadores DANILO PANIZZA (Presidente), sem voto), CASTILHO BARBOSA E RENATO NALINI...... Portanto, é de se dar provimento parcial ao recurso, para que, até o julgamento final do feito, não seja exigido pedágio dos moradores de Iguape e Ilha Comprida.Ante o exposto, dou provimento parcial ao recurso. VENICIO SALLES (relator).Pelo que vemos na decisão, a empresa bi municipal NÃO pode mais cobrar pedágio dos moradores de Iguape e Ilha Comprida.Parabéns a Associação Amigos de Bairro “A União Faz a Força”, na pessoa de seu presidente Sr. Paulinho motos.