quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Foi apenas mais um sonho

Novo porto pode movimentar 50 milhões de toneladas/ano
17/10/2007 09:49:16
O Porto Brasil, que será erguido pelo empresário Eike Batista em Peruíbe, terá capacidade para movimentar cerca de 50 milhões de toneladas por ano, ou seja, aproximadamente 60% do volume projetado para o Porto de Santos este ano. Avaliadas entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, as obras do empreendimento devem começar em dois anos.Os dados do projeto foram apresentados pelo presidente do Grupo EBX, Eike Batista, e o presidente da LLX, braço de logística da EBX, Ricardo Antunes, com exclusividade a A Tribuna, na tarde de ontem, no escritório do grupo no Rio de Janeiro.O projeto está previsto para ser implantado em uma área de 53 milhões de metros quadrados, recém-adquirida pelo grupo EBX, nas proximidades da Rodovia Padre Manoel da Nobrega. Entretanto, somente 20 milhões de metros quadrados devem ser aproveitados. O Porto Brasil ficará distante cerca de 70 quilômetros do cais santista.Segundo Antunes, o porto do Litoral Sul terá uma ilha artificial, de 500 mil metros quadrados, e uma retroárea de 6 milhões de metros quadrados, que serão conectadas por uma ponte ´rodovia´ com quatro pistas, divididas para os dois sentidos de fluxo.Atrás da região retroportuária haverá um condomínio industrial com 13 milhões de metros quadrados. As áreas destinadas às fábricas serão arrendadas pela EBX, que irá gerenciar a estrutura comum do condomínio, além de operar a zona portuária. "A gente se baseou muito nos projetos das indústrias alfandegadas e da Lei do Porto-indústria. A LLX vai entregar a energia, a água, as ruas. Já as indústrias vão fazer sua própria estrutura", disse Antunes.O novo complexo movimentará principalmente granéis e contêineres. De acordo com estimativas de Antunes, a expectativa é operar 20 milhões de toneladas de grãos, 15 milhões de toneladas de minério de ferro, 4 milhões de toneladas de fertilizantes, 10 milhões de metros cúbicos de granéis líquidos - basicamente etanol - e 4 milhões de TEUs (uniade equivalente a um cônteiner de 20 pés).O grupo de Eike Batista planeja iniciar as operações três anos depois da obtenção da Licença de Instalação (LI), documento que autoriza o começo das obras. Para Antunes, a idéia é concluir os estudos ambientais já contratados da obra até o final de 2009. Essa primeira etapa do empreendimento englobará a implantação do retroporto e da ilha, com seus primeiros sete berços de atracação. O projeto prevê a construção de mais quatro locais para a escala dos navios. Todos os pontos terão 18,5 metros de profundidade, permitindo a vinda dos maiores cargueiros em operação no mundo. "Um ano e meio depois, o complexo estará totalmente pronto", concluiu o presidente da LLX.
Situação dos índios
Um dos primeiros passos para a implantação do Porto Peruíbe será "melhorar a situação dos índios que vivem próximo à área do futuro complexo portuário". O presidente da LLX, Ricardo Antunes, afirmou que o grupo está em contato com a Funai para evitar que a cultura indígena sofra qualquer tipo de impacto com a construção do complexo.Ele disse, também, que apesar de viverem perto do terreno da EBX, eles não são nativos. "Eles foram parar ali, que já era uma área degradada, por não terem mais seu habitat natural". As informações são de A Tribuna

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